segunda-feira, 4 de maio de 2009

pós - Virada

E ela se foi.
Achei a Virada Cultural de SP bem bacana esse ano... o circuito de atrações estava próximo (Av São João/República), shows super pontuais, sinalização eficaz... mas pq o Tatuzão tinha que passar bem no meio do evento?
Tanto tempo para realizar a obra, pq parar o trânsito normal bem neste final de semana? Ninguém parou pra pensar nos tumultos que poderiam ocorrer? No número de bêbados e distraídos que brotam de todos os cantos, e como desorientados de 1a ordem, perderiam o caminho de casa? Ok, sem drama.

O empurra-empurra que me segurou no metrô (detalhe: às 7h da manhã de um domingo!!!) poderia ter machucado alguém...

No mais, é uma delícia ver a diversidade de pessoas, estilos e atitudes que se concentram em Sampa. É a minha Sampa querida!!!
O contraste de realidades - sempre chocante - continua.
Em algum show, algum artista disse: _"Aproveitem o evento! Que não foi de graça, foi pago e pago por todos nós." Pensei: "E será que todos nós achamos que foi um bom investimento?"

Claro que investir em cultura é essencial. O homem precisa de arte para se renovar, se encontrar consigo mesmo, para produzir, viver!
Mas, ao mesmo tempo, assistir um show na Av São João (com toda aquela realidade pesada que mora ali durante todos os outros dias do ano) me faz pensar se a distribuição do nosso investimento está sendo adequada e quão impotente pareço se decido discordar da distribuição desse dinheiro.

Isso imediatemente remete a questão da universidade pública e ao que está sendo feito com ela. Dentro dela. Por pessoas que são contratadas e/ou aprovadas no vestibular para CUIDAREM dela!
Estou tão incomodada com a falta de "pensamento em coletividade" que às vezes me sinto tola por ainda fazer questão de exercê-lo.

Como ouvi do meu amigo Roque - A gente não pode parar agora.

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