segunda-feira, 3 de outubro de 2011

quase sem querer

Hoje senti aquela forte vontade de escrever! Pelo blog, dá pra perceber há quanto tempo essa vontade nao aparece...rs
tem sido um ano de mudanças tao rápidas que mal tive tempo de dividi-las e o resultado... uma paulistana muito dividida entre a diversidade metropolitana e o tradicionalismo interiorano.
e novamente a máxima do determinismo social me bate a porta... será mesmo que ninguém neste mundo (além de mim e de outros fas do livro "O Cortiço") percebem o quanto as atitudes das pessoas sao determinadas pelo ambiente em que elas vivem?
quando a cena ocorre uma vez, pode ser obra do acaso... mas esta já é a segunda e nao quero esperar a terceira para ter certeza do que penso.
QUANDO as pessoas vao valorizar suas próprias experiências de vida e refletir? Para nao repetir erros, para fazer o novo, para se entregarem - de fato - a uma nova experiência?
Por isso que me apaixono pelos "loucos", pelos que se entregam... infelizmente, o período de entrega a uma só coisa é variável... pode ser breve, mas ao menos é intenso, verdadeiro, puro, claro, limpo e todos os outros termos que expressem, ao mesmo tempo, a poesia e a objetividade das açoes.
eu AMO os "loucos". isso acho que só a metrópole tem a oferecer. ou os sujeitos de pensamento e coraçao cosmopolita. e isso nao é fácil de encontrar no peito tradicionalista de um engenho.
entrei no peito de um engenho; nao posso dizer que foi sem querer; o valor da cana brilhou aos olhos. mas foi só.
ao final, percebe-se que antes do açúcar, tem odor fétido que se confunde com outras imperfeiçoes nao evidenciadas quando se vê o doce pronto.

adeus coraçao de engenho: aristocrata, tradicionalista, medroso... igual a todos os outros, morno.